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terça-feira, 29 de setembro de 2009

[ Mãos à Obra ]


Para entender, leia AQUI.
Salve, salve, futuros bacharéis!



Lucas Macedo Lopes
29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

[ Dove ]

É com este singelo vídeo que inicio o meu humilde escrito. Não, não precisa se preocupar, se você ficou feliz com o ato no Afeganistão com toda aquela pompa e protegido pela imagem de segurança que a (suposta) paz que há sob o manto azulado da ONU. Junto dos discursos, a tão imortal presença da esperança, enfim, desse mundo cor de rosa.

Quantas não são as manifestações, o clamor de pessoas que querem paz ao invés de se preocupar com a insegurança das grandes cidades. Quem sabe até dormir tranqüilo sabendo que não há o que temer vindo do seu vizinho, que não há nada de errado com o outro que possa lhe atingir, que não há sentimentos torpes e ignóbeis que movem as pessoas em alguma hora de sua vida. Que bom seria que o sonho fosse realidade.

Pois bem, o mundo do dever ser dos nossos ideais sempre estará distante do que vivemos. Contudo, não havendo tentativas de aproximá-lo da realidade, quando vamos atingir então?

Nunca.

Não seria exagero ao usar tal palavra expressamente ausente de quaisquer meios para o surgimento de brechas que nos sejam favoráveis? Digo que, contemporaneamente falando, é mais do que utópico acreditar que isso fosse uma falsa realidade. Quantos dos que me lêem podem afirmar que se conhecem? Que não ficam restritos aos seus próprios mundos, indo ao encontro do outro para puramente sanar os seus anseios individuais? Quem tem a maturidade para – mais do que pensar – agir em prol de toda uma sociedade, caminhando junto com os preceitos que regem a nossa Constituição?

Vemos desigualdades, vemos ricos e pobres, vemos letrados e iletrados, vemos esforçados e preguiçosos, vemos verdades e mentiras, vemos solidariedade e individualismo, vemos jovens e idosos, vemos ateus e religiosos, vemos drogados e pessoas “limpas”, vemos seres iguais de diferente formas. Vemos, acima de tudo, pluralidade de realidades.

Alguém se lembra de que se prejudicarmos o outro, nos também perdemos? Se conseguirmos o “nosso” de uma transação comercial, alguém perde? Que o conhecimento e o senso crítico na mão de poucos deixam uma massa anencefálica? Que o comunismo foi-se com a queda do muro de Berlim e que, se sempre consumirmos como manda a ideologia do Tio Sam, não sobrará matéria prima em canto algum? Que não basta copiar o que há bom lá fora, que é preciso digerir e torna aquilo em algo com a nossa cara, própria para o nosso uso, um modelo legitimamente abrasileirado? Que não basta apenas dez pessoas agirem, enquanto há um conformismo de milhares em viver apenas em suas fortalezas com a desgraça alheia imperando fora de suas muralhas? Que fomos nós que elegemos os que nos representam hoje no Congresso Nacional? Que as boas ações são ofuscadas pelos atos moralmente reprováveis? Que o jogo de interesses atenderá sempre a uma minoria se a maioria não usufruir do seu legítimo poder? Que não basta exigirmos os nossos direitos, é preciso cumprir os nossos deveres? Que quem não gosta de política será mandando por quem gosta? Que se mata por tudo, por nada e por torcer o time adversário? Que Fulano rouba para usufruir de uma marca que será ultrapassada no próximo mês? Que precisamos aprender a conviver com os que sofrem de distúrbios mentais que comprometem suas capacidades cognitivas? Que se eu andar em um carro de luxo serei mais visado do que andar em um Fusca? Que muitos não estão nem aí para o que é dito? Que há os que não preocupam em zelar pelo patrimônio público e particular? Que tem a má vontade (ou seria má criação?) de não ter a decência de jogar o lixo em uma lixeira próxima por pensar que tem “alguém pago para limpar a sujeira que deixo”? Que não há mais “bom dia” e “boa noite” como havia antes? Que usar tantos “quês” torna o texto enfadonho?

Tudo bem, somos alguns que querem mudar o mundo organizados de maneira difusa. Até que não faria muita diferença em ter trocado a pomba por uma galinha de borracha. Daria no mesmo.

Lucas Macedo Lopes

28 de setembro de 2009.

~/Ł/~

O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós - Jean-Paul Sartre