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terça-feira, 8 de janeiro de 2008



[Ouchi - Contracrônicas de um Cearense abismado com um Paraense]


Dia fatídico aquele. Não foi fácil se levantar naquela manhã de sábado. Mal o sol despontava no horizonte, o meu despertador tocara. Ergui-me da minha rede e fui desligá-lo. Retornei para o bom balanço da minha antiga companheira de sonhos, que por tantas ocasiões me fez esclarecer idéias e criar novas indagações de uma vida tão vazia em respostas.

Quem dera que não tivesse nenhum compromisso naquela manhã. Entretanto, a minha agenda alertava-me sobre outra coisa: Simulado UFC. Esperei o sol adentrar meu quarto e aquece-lo com os primeiros raios do novo dia. No meu som tocava Biquíni Cavadão – ´´Escuta Aqui`` e ´´Em Algum Lugar no Tempo`` - e como estava atordoado dos últimos acontecimentos que permeiam minha vida, abri meus olhos, na tentativa de não cair na tentação de transformar o meu novo dia de experiências, em mais uma noite de sonhos.

Levantei-me. Horas? 6:30 da manhã, pretendendo ainda ler minhas anotações para a prova que se aproximava. Quem disse que eu o fiz? Entrei pelas lacunas da minha mente, permitindo que a música preenchesse todos os espaços que ainda estavam vagos, até que o gongo soasse suas badaladas que condenaram (ou melhor, salvaram) muitos.

Concentração durante a avaliação? Apenas a música e sua inspiração me davam forças para mover minha mão, e com a mesma, realizar o fatídico trabalho de discursar números e letras por entre meia centena de questões.

Os velhos amigos, foi bom revê-los. Companheiros de longas e novas datas, todos saindo de suas respectivas salas em horários diferentes. Meio-dia e as luzes são apagadas, e muitos saem aliviados ou preocupados com o resultado que está por vir.

Mas me surpreendi mais tarde, com um deles. Utilizando-me de um dos modos mais usais da era contemporânea, me deparo com um “link” que me deixou surpreso. Não relacionado com a pressa e a não-apreciação do simples, mas algo de tom elevado.

Não que fosse música, como as que dominam meus pensamentos, mas textos e crônicas escritas por um paraense. Colega de colégio? Amigos, por assim dizer. Textos escritos por um amador? Outrora talvez, mas em um lugar tão inóspito, revelou-se diante meus olhos, um escritor nato, que invejo saudavelmente, sem brigas nem intrigas. Um cronista a quem devo me espelhar, se almejo evoluir como escritor. Utilizando-me da licença poética e fugindo do protocolo literário, Apenas gostaria de deixar minhas últimas palavras de admiração: ´´Tsss... Just a little bife!``


[Escrito em 20/10/2007]


por Lucas Arts



~/Ł/~

2 comentários:

MARLO RENAN disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MARLO RENAN disse...

Eu me sentiria extremamente impassível e apático caso não comentasse aqui.

Ainda posso dizer que coro ao ler este texto singular? Acho-o belo e envolto por boas mãos: um texto inspirado em mim, e escrito por você.

Poderia sair algo melhor?
(Prive-me de prosápias...)

Grande abraço do seu grande amigo!

O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós - Jean-Paul Sartre